Designer cria cadeira de madeira com sobras da indústria: ‘intersecção entre natureza e tecnologia’

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Cadeira é feita com sobras de madeira da indústria. Fotos: Fotos: Divulgação/ Matthias Gschwendtner

Quando o designer Matthias Gschwendtner se apresenta, ele diz ser ‘um designer que mora em Berlim e Baviera, trabalhando na interseção de materiais e tecnologias’. A partir desses temas, ele entrelaça design computacional, digitalização 3D e fabricação robótica com seus estudos, possibilitando um processo de produção sustentável. Ao mergulhar nas nuances da sustentabilidade, ele revela a cadeira de madeira computacional, o primeiro objeto de seu novo estudo de caso ‘novas fontes’ (ou new sources, em inglês).

‘New Sources é um estudo de caso usando materiais que sobraram da indústria da madeira por meio de uma interconexão de digitalização 3D, design computacional e fabricação robótica. Ramos brutos são digitalizados em 3D e, em seguida, virtualmente precedidos por algoritmos para recalcular constantemente todos os dados de produção para cada parte individual de um objeto. Pela irregularidade do material, cada objeto se torna uma peça única”, escreve o designer de produto.

MAIS QUE UMA CADEIRA

A cadeira de toras computacional comanda a série com suas superfícies e bordas precisamente fresadas que aparecem ao redor do objeto e contrastam com a superfície bruta do galho para exibir a interseção entre natureza e tecnologia. A casca de bétula permanece parcialmente e se torna um ornamento natural que mantém o caráter original do material. A cadeira critica o consumo de massa e questiona a padronização de materiais cultivados naturalmente no ambiente doméstico.

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“Há seis meses, comprei um robô industrial kuka de 22 anos quebrado, consertei e montei uma oficina temporária na garagem dos meus pais em Ränkam, uma pequena vila na Baviera rural.” compartilha Gschwendtner.

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A partir dessa etapa, ele recorre à tecnologia e ao algoritmo para transformar seus materiais de madeira em um assento de aparência crua, o complemento para abraçar a natureza como pilar da casa. “Usando galhos em vez de madeira pré-cortada, cada objeto é único e tem um caráter diferente, mesmo que seja produzido em série. As superfícies que aparecem ao redor do objeto comunicam a interseção entre natureza e tecnologia. A casca de bétula permanece parcialmente e funciona como um ornamento natural”, escreve Gschwendtner.

MATERIAIS ORGÂNICOS

Sua pesquisa se manifestou em um assento que lembra a casca crua de uma árvore, suavizada em algumas partes para dar uma aura de dualidade entre matéria orgânica e construída. Para narrar mais sobre seu projeto, Gschwendtner diz que o constante recálculo possibilita o uso de materiais formados irregulares para a produção em série.

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‘O algoritmo desenvolvido especialmente para este projeto analisa a geometria de cada ramo digitalizado e os coloca na posição correta no espaço virtual. Além disso, todos os dados de produção necessários são calculados pelo algoritmo e enviados para um robô de fresagem industrial. As ramificações serão selecionadas antecipadamente usando o reconhecimento de padrões. Diferentes formas se encaixam em diferentes partes.’

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